O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição mental complexa que afeta aproximadamente 7,8% da população mundial.
Este transtorno é caracterizado por cinco principais características:
1. Padrão de relacionamentos: indivíduos com TPB tendem a ter relações intensas e instáveis, marcadas por um alto grau de instabilidade e demandas de atenção exclusiva.
Por exemplo, uma pessoa com TPB pode ter um relacionamento muito intenso e apaixonado com alguém, mas após uma pequena discussão, pode acreditar que essa pessoa vai abandoná-la, agindo de maneira hostil e distante.
2. Pensamento: o padrão de pensamento do tipo “tudo ou nada” é comum em pessoas com TPB.
Se um amigo cancela um plano, a pessoa com TPB pode pensar que esse amigo não gosta mais dela e que todos a abandonarão eventualmente.
3. Comportamento: reações impulsivas, agressivas e manipulatórias são comuns quando suas demandas não são atendidas. Comportamentos de automutilação, ideações e tentativas de suicídio são frequentes.
Exemplo, em resposta a um evento estressante, como uma discussão com um ente querido, a pessoa pode se envolver em comportamentos impulsivos, como automutilação ou tentativas de suicídio.
4. Afetividade: sentimentos de angústia, vazio e desamparo são frequentes, motivando tentativas desesperadas de impedir o abandono (real ou imaginário) e atuações auto ou heteroagressivas.
Ex.: a pessoa pode sentir uma angústia intensa e um sentimento de vazio após um pequeno conflito ou desentendimento, levando a tentativas desesperadas de evitar o abandono, como ameaças de suicídio ou comportamento agressivo.
5. Teste de realidade: pessoas com TPB podem apresentar alterações transitórias da realidade, principalmente em situações de intensa carga afetiva.
Por exemplo, em situações de alta carga emocional, como durante uma discussão acalorada, a pessoa pode perder temporariamente o contato com a realidade, sentindo-se desconectada de si mesma ou percebendo o mundo de maneira distorcida.
O tratamento para o TPB geralmente envolve psicoterapia, e medicamentos podem ser usados para tratar sintomas específicos.
É importante lembrar que cada pessoa é única e o tratamento deve ser personalizado para atender às necessidades individuais.
© 2024 HERTHA Psiquiatria. Todos os direitos reservados. O material do blog pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.
Comments