As doenças psiquiátricas podem estar intrinsecamente ligadas aos acontecimentos de vida e ao estresse ambiental.
Em 2019, quase um bilhão de pessoas, incluindo 14% dos adolescentes do mundo, viviam com um transtorno mental.
Uma observação clínica de longa data é que eventos de vida estressantes mais frequentemente precedem os primeiros episódios de transtornos do humor, e não os subsequentes.
Uma teoria proposta para explicar essa observação é que o estresse que acompanha o primeiro episódio resulta em mudanças duradouras na biologia do cérebro.
Essas mudanças podem alterar os estados funcionais de vários neurotransmissores e sistemas sinalizadores intraneuronais, mudanças que podem incluir mesmo a perda de neurônios e uma redução excessiva de contatos sinápticos.
Como resultado, uma pessoa tem alto risco de desenvolver episódios subsequentes de um transtorno do humor, mesmo sem um estressor externo.
Os dados mais convincentes indicam que os eventos de vida associados com mais frequência são a perda de um dos genitores, perda do cônjuge e desemprego.
A culpa também pode ter um papel significativo.
Em 2020, quatro em cada dez adultos relataram ter experimentado preocupação ou estresse.
Esses fatores de estresse podem contribuir para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas e agravar os sintomas existentes.
É crucial considerar os acontecimentos de vida e o estresse ambiental no diagnóstico e tratamento de doenças psiquiátricas.
A abordagem terapêutica deve ser holística, levando em conta não apenas os sintomas, mas também o contexto de vida do paciente.
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